sábado, 5 de outubro de 2013

BELU MATE MORIS



Vi hoje um filme que me trousse memórias de anos passados em que tudo era simples e a vida sem problemas. Não sei o nome do filme mas era a história singela de um cavalo que partiu uma pata e que o dono queria abater pois que, um cavalo de corridas não o volta a ser, depois de uma pata partida. Em resumo, o tratador não deixou que o animal fosse abatido e comprou-o ao dono por tuta-e-meia. O cavalo curou-se e foi um campeão. Foi um filme! Foi uma história! Uma história comovente para entreter.

No passado, um passado já muito longínquo, lá muito longe daqui, do outro lado do mundo, existiu um cavalinho, filho de um cavalo de nome, que fora um campeão e que por mor de ser pequeno de estatura e seu dono ter descoberto que havia cavalos muito mais altos, foi levado da sua manjedoura, onde era tratado como um príncipe, para o prado e aí esquecido.

O cavalinho tinha o nome da cor da sua pelagem que era de ouro escuro e por isso todos o conheciam pelo “Akar been” designação local para a sua cor.

Akar been ficou no prado preso por uma corda comprida de modo que pudesse procurar por si só, o pasto que outrora fora capim bem verde e ração de milho, posto na sua manjedoura. A vida mudara e não para melhor. O príncipe de antes tornara-se num vagabundo, ao relento, ao calor tórrido, à chuva e a todas as mudanças de humor climatérico. Ao fim de algum tempo Akar been apenas ficava parado de cabeça baixa, não girando mais dentro do círculo que o comprimento da corda permitia, emagreceu e uma ferida nas costas tornou ainda o seu estado mais deplorável.

Alguém atento alertou o dono do cavalinho que este estava a sofrer e perto de morrer. Que fazer se os outros cavalos grandes e puros sangue tinham toda a prioridade?

 – Não tem cura? Então toma esta arma e abate-o. Coitado está a sofrer! E com este fingido sentimento de pena, foi decretada a sorte do Akar been.

Mas os Deuses dos cavalos (será que existem?) olhando do alto das verdes pradarias fizeram com que o mensageiro da morte passasse no meu caminho e que o decreto real (nesse tempo era) pudesse ser anulado e Akar been salvo de morte por fuzilamento.

Vamos resumir: O Akar been foi tratado com medicamentos amor e carinho, salvo de uma morte certa, voltou a ser de novo um príncipe e um amigo. Tomou um novo nome BELU MATE MORIS, e foi o campeão de muitas corridas. De príncipe passou a vagabundo e por fim a rei na sua classe de corredor.

 Não foi um filme foi uma história verdadeira passada há muitos, muitos anos atrás, lá muito longe do outro lado do mundo.

mco