A história que eu quero contar tem ligações a imensos anos atrás, mais propriamente aos anos de 1895. Quando em Timor rebentou a revolta de Manufahi que durou entre, avanço, recuos e longos interregnos nas lutas, por volta de dezassete anos. Esta revolta a última grande revolta antiportuguesa da história de Timor, foi liderada pelo régulo Dom Boaventura de Same. A última fase dessa rebelião foi sem dúvida a mais violenta e a que maior número de vítimas provocou. Quanto às suas causas, estas balançam entre a violação da mulher do próprio Dom Boaventura, perpetrada pelo Governador Alfredo Lacerda Maia (capitão-tenente da Armada), o qual foi posteriormente assassinado, e a proposta das autoridades coloniais de aumentar o imposto de capitação de uma pataca para duas patacas e dez ovos. A troca da Bandeira da Monarquia para a da República, poderá ter tido também peso no descontentamento de alguns régulos, uma vez que a Bandeira sempre foi em Timor uma orientação de fidelidade. Recordo como morreram, Dom José Nunes, Dom Aleixo Corte Real e Dom Jeremias de Luca cujos povos foram massacrados por defenderem a Bandeira, do ocupante Japonês. Além de todas estas razões, existia também a permanente interferência dos holandeses, procurando sublevar os régulos Timorenses contra Portugal na mira de poderem depois ocupar esse lugar.
Não tenho dúvidas que qualquer das razões a cima apontadas poderia só por si provocar desmandos e guerras, mas durante quinze anos as forças Portuguesa não lograram resolver o problema de segurança, e só depois de Dili ter sido atacada com bastantes mortos e feridos que os reforços chegaram. O Governador Filomeno da Câmara, com ajuda de reinos fiéis de Lacló, Manatuto e Suro além de 28 soldados europeus e do reforço dos soldados Landins de Moçambique, entre 1911 e 1912, controlou a rebelião, aprisionando o régulo Dom Boaventura.
***
Na parte mais Sul do conhecido Quintal Mascarenhas em Dili, existiu em tempos uma casa de aspecto senhorial pertença da família dona desse quintal, a família Mascarenhas Inglês. Essa casa de aspecto notável, hoje apenas um monte de escombros, existe na minha memória por via de alguma foto, quiçá de cor amarelo-escura (sépia) da qual me ficou ténue reminiscência.
Quis a vida, principalmente porque sempre foi um dos meus princípios arranjar amigos, que essa família viesse a ter um grande protagonismo na minha existência em Timor. Durante o tempo da Administração Portuguesa tornei-me muito amigo de um senhor de apelido Mascarenhas Inglês neto do dono, o qual construiu a sua própria moradia por detrás das referidas ruínas.
Durante a ocupação Indonésia de Timor, também por desígnios da vida, de novo me encontrei ligado a uma irmã desse meu amigo, que foi para mim como que uma segunda mãe. Essa senhora viúva era a gerente do Hotel Turismo em Dili e porque era a única representante da Família Mascarenhas Inglês em Timor nessa época, preocupava-se em manter longe da cobiça dos ocupantes Indonésios todos os bens da sua família. Ocupei então, para evitar que estranhos o fizessem, a casa do meu amigo com a concordância de sua irmã.
Ao longo dos tempos que aí permaneci, pude constatar que a casa era, como se dizia em Timor, “Uma moris” o que equivalia a explicar sem mais, a existência de ocorrências não compreensíveis aos nossos sentidos e portanto do âmbito sobrenatural. Passos bastante ruidosos dentro da casa, portas a bater, a porta do frigorífico a abrir e a fechar, quando eu me encontrava sozinho em casa, tudo isto dava bem uma ideia daquilo a que me refiro.
Como velho andarilho pelo interior de Timor onde habitei sozinho algumas antigas mansões, quase todas elas com barulhos e situações difíceis de explicar, não dei importância aquilo que inúmeras vezes me sucedia. Algumas vezes ao regressar à noite, depois de um dia de calor, era bastante agradável sentar-me num cadeirão que estava na varanda da frente da casa, desfrutando da amena frescura que de algum modo compensava os calores sofridos durante o dia. A sensação era deveras agradável e algumas vezes, indiferente aos mosquitos que me rodeavam, deixava-me transportar aos reinos de Morfeu.
Uma noite aconteceu-me ser acordado por um sonoro pssst. pssst. que me deixou intrigado e me fez procurar em volta quem me chamava. Bem procurei até que me convenci de que não havia ninguém. Dai para a frente e sempre que isso me acontecia e era acordado dessa maneira quiçá amigável, apenas me levantava e dizia: - Eu vou já! Boa noite. E entrava em casa para me deitar. Apesar destas coisas que me aconteciam serem estranhas eu sentia que tudo isso não era agressivo mas pelo contrário eu estava a ser protegido. Era uma emoção estranha, bastante profunda e sempre presente.
O quotidiano não se modificou muito durante os quase três anos que aí vivi.
Um dia… era dia de finados, fui ao cemitério de Santa Cruz com a minha amiga, pois ela nesse dia, como todos os Timorenses ia ao cemitério rezar e pôr flores na campa dos familiares e amigos já falecidos.
Eu gosto de visitar cemitérios, pois que estes espelham, como um livro aberto a História de uma região ou pais. O cemitério de Santa Cruz é mesmo, para quem consegue ler, nas datas e no que os amigos e familiares escrevem dos entes queridos, um fabuloso conto que apesar de fúnebre nos transporta por vezes a séculos de distância.
Segui a minha amiga e ela ia pondo flores e rezando em muitas campas que nem sequer nomes tinham, mas que se via serem mais velhas que ela e eu curioso ia perguntando: - Quem foi? E tentava assimilar a informação que ela me dava mesmo que piedosamente me dissesse: - É muito antiga e não sei quem aqui está, mas sei que não tem ninguém que venha aqui rezar. E lá punha mais umas flores e mais uns Pai-Nosso.
Depois de algum tempo de rezas e flores, chegamos a uma campa, que destoava das outras, por ser muito antiga e feia sem nada visível que nos desse conta de quem descansava lá. Era como se fosse um cubo de faces desiguais, com aproximadamente um metro de altura do chão e com a face superior com um metro e meio de largura por um metro e meio de comprimento. A cor era cinzenta escura decerto por ser cimento misturado com cal, que sofrera em cima, toda a violência de muitos anos de calor, frio e chuva. Esta tumba tornava-se gritante, por destoar no meio de esforços visíveis de beleza, que os vivos procuravam dar às últimas moradas dos seus entes queridos.
Fiquei sinceramente pendente da explicação que eu iria ter da minha amiga sobre aquela campa que me deixava subitamente triste e curioso. Decerto seria mais uma das campas sem família que pudesse cuidar dela. A explicação era entretanto diferente. Aquela campa tinha sido feita pelo governo Militar de Timor, muito antes do seu nascimento e pertencia a um seu bisavô morto na guerra de Manufahi. Jurei a mim mesmo saber toda aquela história e esperei que a piedosa jornada pelo cemitério terminasse para conhecer todos os pormenores sobre o caso.
A explicação dada pela neta do falecido, foi que o governo militar Português sempre se opusera a que campa fosse modificada e por isso continuava como fora construída, haviam mais de oitenta anos àquela data.
Procurei investigar os mais velhos e mais sábios Timorenses sobre o passado e cheguei à conclusão de que a campa pertencia a Leovegildo Ladislau Mascarenhas Inglês, Major, Comandante do Estado Maior do Comando Territorial Independente de Timor, que tinha sido morto em combate em 1912 na guerra de Manufahi. Fora ele, o dono e construtor da tal casa em ruínas, no quintal Mascarenhas.
Como a Administração Indonésia se não opunha a que se remodelasse o jazigo, fiz um desenho com o objectivo de dar aquela campa um pouco de dignidade sem lhe destruir a base e propus à minha segunda mãe e amiga que se retirassem os ossos e fossem metidos numa pequena urna. Esta seria colocada de novo dentro da sepultura depois de feita a remodelação. Como ela era muito religiosa, alvitrei uma missa de sufrágio pela alma do defunto. Concordou e ficou contente com o interesse que eu demonstrara.
O dia da exumação foi marcado e entretanto descobri que eram dois os corpos enterrados naquela campa, não existindo o nome do segundo e sendo apenas apresentado como um companheiro de armas, um soldado desconhecido. Terá sido talvez esta a razão, da oposição dos militares Portugueses, a uma modificação na campa.
Tudo foi concluído de acordo com o programa que tinha sido feito. Os ossos dos falecidos foram postos dentro de uma pequena urna e apenas ficou de fora desta um par de bota da tropa de bom cabedal com um imprevisível aspecto de novo.
A placa feita de marmorite encimava o cone truncado por uma pequena plataforma com amieiras e no meio uma cruz de ferro encimava a nova moradia deste dois malogrados soldados. Na base do cone uma porta dava entrada para o nicho onde ficaria a urna com os ossos. Esta pequena história foi recordada porque encontrei na internet uma foto da campa que me fez de novo sonhar com o passado.
Uma coisa ficou por aclarar, e essa talvez não tenha uma explicação fácil de conceber, uma vez que entra na área do imaginário. Desde que essa campa fora aberta e os ossos colocados na nova campa além da tal missa, NUNCA MAIS NAQUELA CASA FORAM OUVIDOS PASSOS, NEM OUTROS BARULHOS e os nocturnos chamamentos de pssst, pssst terminaram.
Dizia um amigo, com certa graça: - Eram aquelas botas que faziam tanto barulho.
Quis a vida, principalmente porque sempre foi um dos meus princípios arranjar amigos, que essa família viesse a ter um grande protagonismo na minha existência em Timor. Durante o tempo da Administração Portuguesa tornei-me muito amigo de um senhor de apelido Mascarenhas Inglês neto do dono, o qual construiu a sua própria moradia por detrás das referidas ruínas.
Durante a ocupação Indonésia de Timor, também por desígnios da vida, de novo me encontrei ligado a uma irmã desse meu amigo, que foi para mim como que uma segunda mãe. Essa senhora viúva era a gerente do Hotel Turismo em Dili e porque era a única representante da Família Mascarenhas Inglês em Timor nessa época, preocupava-se em manter longe da cobiça dos ocupantes Indonésios todos os bens da sua família. Ocupei então, para evitar que estranhos o fizessem, a casa do meu amigo com a concordância de sua irmã.
Ao longo dos tempos que aí permaneci, pude constatar que a casa era, como se dizia em Timor, “Uma moris” o que equivalia a explicar sem mais, a existência de ocorrências não compreensíveis aos nossos sentidos e portanto do âmbito sobrenatural. Passos bastante ruidosos dentro da casa, portas a bater, a porta do frigorífico a abrir e a fechar, quando eu me encontrava sozinho em casa, tudo isto dava bem uma ideia daquilo a que me refiro.
Como velho andarilho pelo interior de Timor onde habitei sozinho algumas antigas mansões, quase todas elas com barulhos e situações difíceis de explicar, não dei importância aquilo que inúmeras vezes me sucedia. Algumas vezes ao regressar à noite, depois de um dia de calor, era bastante agradável sentar-me num cadeirão que estava na varanda da frente da casa, desfrutando da amena frescura que de algum modo compensava os calores sofridos durante o dia. A sensação era deveras agradável e algumas vezes, indiferente aos mosquitos que me rodeavam, deixava-me transportar aos reinos de Morfeu.
Uma noite aconteceu-me ser acordado por um sonoro pssst. pssst. que me deixou intrigado e me fez procurar em volta quem me chamava. Bem procurei até que me convenci de que não havia ninguém. Dai para a frente e sempre que isso me acontecia e era acordado dessa maneira quiçá amigável, apenas me levantava e dizia: - Eu vou já! Boa noite. E entrava em casa para me deitar. Apesar destas coisas que me aconteciam serem estranhas eu sentia que tudo isso não era agressivo mas pelo contrário eu estava a ser protegido. Era uma emoção estranha, bastante profunda e sempre presente.
O quotidiano não se modificou muito durante os quase três anos que aí vivi.
Um dia… era dia de finados, fui ao cemitério de Santa Cruz com a minha amiga, pois ela nesse dia, como todos os Timorenses ia ao cemitério rezar e pôr flores na campa dos familiares e amigos já falecidos.
Eu gosto de visitar cemitérios, pois que estes espelham, como um livro aberto a História de uma região ou pais. O cemitério de Santa Cruz é mesmo, para quem consegue ler, nas datas e no que os amigos e familiares escrevem dos entes queridos, um fabuloso conto que apesar de fúnebre nos transporta por vezes a séculos de distância.
Segui a minha amiga e ela ia pondo flores e rezando em muitas campas que nem sequer nomes tinham, mas que se via serem mais velhas que ela e eu curioso ia perguntando: - Quem foi? E tentava assimilar a informação que ela me dava mesmo que piedosamente me dissesse: - É muito antiga e não sei quem aqui está, mas sei que não tem ninguém que venha aqui rezar. E lá punha mais umas flores e mais uns Pai-Nosso.
Depois de algum tempo de rezas e flores, chegamos a uma campa, que destoava das outras, por ser muito antiga e feia sem nada visível que nos desse conta de quem descansava lá. Era como se fosse um cubo de faces desiguais, com aproximadamente um metro de altura do chão e com a face superior com um metro e meio de largura por um metro e meio de comprimento. A cor era cinzenta escura decerto por ser cimento misturado com cal, que sofrera em cima, toda a violência de muitos anos de calor, frio e chuva. Esta tumba tornava-se gritante, por destoar no meio de esforços visíveis de beleza, que os vivos procuravam dar às últimas moradas dos seus entes queridos.
Fiquei sinceramente pendente da explicação que eu iria ter da minha amiga sobre aquela campa que me deixava subitamente triste e curioso. Decerto seria mais uma das campas sem família que pudesse cuidar dela. A explicação era entretanto diferente. Aquela campa tinha sido feita pelo governo Militar de Timor, muito antes do seu nascimento e pertencia a um seu bisavô morto na guerra de Manufahi. Jurei a mim mesmo saber toda aquela história e esperei que a piedosa jornada pelo cemitério terminasse para conhecer todos os pormenores sobre o caso.
A explicação dada pela neta do falecido, foi que o governo militar Português sempre se opusera a que campa fosse modificada e por isso continuava como fora construída, haviam mais de oitenta anos àquela data.
Procurei investigar os mais velhos e mais sábios Timorenses sobre o passado e cheguei à conclusão de que a campa pertencia a Leovegildo Ladislau Mascarenhas Inglês, Major, Comandante do Estado Maior do Comando Territorial Independente de Timor, que tinha sido morto em combate em 1912 na guerra de Manufahi. Fora ele, o dono e construtor da tal casa em ruínas, no quintal Mascarenhas.
Como a Administração Indonésia se não opunha a que se remodelasse o jazigo, fiz um desenho com o objectivo de dar aquela campa um pouco de dignidade sem lhe destruir a base e propus à minha segunda mãe e amiga que se retirassem os ossos e fossem metidos numa pequena urna. Esta seria colocada de novo dentro da sepultura depois de feita a remodelação. Como ela era muito religiosa, alvitrei uma missa de sufrágio pela alma do defunto. Concordou e ficou contente com o interesse que eu demonstrara.
O dia da exumação foi marcado e entretanto descobri que eram dois os corpos enterrados naquela campa, não existindo o nome do segundo e sendo apenas apresentado como um companheiro de armas, um soldado desconhecido. Terá sido talvez esta a razão, da oposição dos militares Portugueses, a uma modificação na campa.
Tudo foi concluído de acordo com o programa que tinha sido feito. Os ossos dos falecidos foram postos dentro de uma pequena urna e apenas ficou de fora desta um par de bota da tropa de bom cabedal com um imprevisível aspecto de novo.
A placa feita de marmorite encimava o cone truncado por uma pequena plataforma com amieiras e no meio uma cruz de ferro encimava a nova moradia deste dois malogrados soldados. Na base do cone uma porta dava entrada para o nicho onde ficaria a urna com os ossos. Esta pequena história foi recordada porque encontrei na internet uma foto da campa que me fez de novo sonhar com o passado.
Uma coisa ficou por aclarar, e essa talvez não tenha uma explicação fácil de conceber, uma vez que entra na área do imaginário. Desde que essa campa fora aberta e os ossos colocados na nova campa além da tal missa, NUNCA MAIS NAQUELA CASA FORAM OUVIDOS PASSOS, NEM OUTROS BARULHOS e os nocturnos chamamentos de pssst, pssst terminaram.
Dizia um amigo, com certa graça: - Eram aquelas botas que faziam tanto barulho.
mco
in "Retalhos de uma vida em Timor"
4 comentários:
O dito senhor Mascarenhas Ingles de quem fala, nao era bisavo da D. Carolina de Mascarenhas Ingles Goncalves, mas sim seu avo, O m
Major Leovigildo Ladislau de Mascarenhas Ingles, casado com D. Berta de Leite Ferreia DE SOUSA (Chichorro) de Sampaio, pai e mae, de Horacio de Mascarenhas Ingles por sua vez , pai da D. Carolina de Mascarenhas Ingles Goncalves e de meu sogro o falecido Administrador de Concelho do Tamboco Jose Leovigildo de Mascarenhas Ingles assasinado pela F.N.L.A em 2/9/1973 na estrada do Tomboco-Lufico bem como de outros membros da familia.
Toda esta residente hoje na Australia.
E a historia que conta e verdadeira, pois a minha esposa conta a mesma, bem como meus cunhados, ela e seus irmaos nascerao na casa em ruinas de que fala
Jose Inacio
iberian_46@hotmail.com
Amigo e senhor José Inácio
A rectificação que sugere é pertinente e como poderá constatar a emenda já foi feita. Eu teria que saber por muitas razões que a D. Carolina, senhora por quem eu tenho um respeito e carinho só devido a uma mãe, era na verdade neta e não bisneta do Major Leovigildo.
Agradeço o seu reparo e apresento-lhe os meus cumprimentos assim como a todos os membros da Família Mascarenhas Inglês que me conhecerem.
Manuel Carlos D’Oliveira
Eu penso que o tumulo, bem como as ossadas em causa nao sao pertenca da familia Mascarenhas Ingles ( Apesar da familia assim o dizer). m
Mas sim um monumento militar, erguido pelo Exercito Portugues na altura da Guerra do Manufai.
Pois a minha mao, vieram parar algums documentos pertencentes ao falecido coronel de Engenharia Heitor de Mascarenhas Ingles, falecido em Angola, e enterrado no talhao militar dos antigos combatentes da II Guerra Mundial, que diz o seguinte 'Que sende ele Heitor de Sousa Sampaio de Mascarenhas Ingles,
tenente, serviu uma comissao em TIMOR E MADOU LEVANTAR A OSSADA DE SEU PAI E A LEVOU CONSIGO PARA LISBOA TENDO A MESMA SIDO DEPOSITADA NO MOSOLEU DA FAMILIA EM LISBOA NO ALTO DE S. JOAO
Mas contudo a familia continuar a afirma quea tumba pertence a familia
o misterio continua so DNA o podera dizer, e como atraz dis na sua prosa, nao estavam la uma ossada mas duas, por isso mais uma vez, a teroria que o munumento e militar e nao privado
A titulo de curiosidade, gostaria tambem de afirmar que o Patriarca da familia Mascarenhas Ingles em Timor o Horacio irmao do Heitor
,e pai de D.Carolina e restante famila, tambem nao esta enterrado em Timor, mas sim em Lisboa no mesmo masoleu da familia, temos que levar em conta que quando o Heitor serviu em Timor, a seguir a I Guerra, todos os menbros da familia actual nao eran nascidos ou eram bastante jovens, a nao ser uma filha bastarda a Berta actualmente falecida, e levada para Lisboa muito nova por seu tio para companhia de sua irma Berta Leite de Sousa Sampaio de Mascarenhas Ingles Jansen Alves
Interessante hisoria a desta familia
Jose Inacio
Caro amigo
As interrogações que podem surgir, levantadas por esse documento que diz possuir, ou pelo menos ter tido acesso, mereciam ser clareadas pela própria família, o que não deve ser difícil.
No cemitério do Alto de S. João, devem existir registos que ratifiquem esses mesmos documentos.
No entanto Heitor Mascarenhas Inglês tinha uma diferença de três anos de seu irmão Horácio uma vez que ele nasceu em 1888 e Horácio em 1891, sendo por isso quase da mesma idade e é bastante estranho que estando o Horácio vivendo em Timor onde nasceram os seus filhos e tendo na altura da morte de seu pai Leovegildo por volta de vinte e um anos de idade, não exista uma recordação na família sobre a translação dos ossos do seu ancestral para Portugal, mantendo a família a memória de que ele estaria enterrado em Timor.
Como afirmou e muito bem, só um exame de ADN poderia ajudar a pôr tudo no seu lugar, mas se aquelas botas que tirei da campa não eram dele, toda a minha teoria sobre os barulhos que existiam naquela casa, e que eu juro ser uma verdade, cairiam por terra, pelo que por instinto, sinto dentro de mim a convicção de que ELE está sepultado em Dili.
Manuel Carlos D’Oliveira
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