Faz um ano e seis meses, ou
melhor dizendo um ano e meio, que deixei este blogue no esquecimento. Devo em primeiro
lugar um pedido de desculpas para aqueles que perderam o seu tempo procurando
nele algo de novo referente a Timor Leste.
As fontes também secam e quando
isso acontece, geralmente no pino do verão, deixam bocas secas e sentimentos de
frustração naqueles que, sedentos, ao fim de caminhadas esperançosas veêm os
seus esforços gorados e a sua sede aumentada.
Eu como essas fontes sequei só que temporariamente, não que a seca total fosse um mal para a
humanidade, ninguém estou certo, perderia tempo nem feitio a lamentá-lo, mas
para mim próprio, isso seria sinal que os meus setenta anos me tivessem vencido.
Sei que qualquer escrito meu,
será forçosamente uma foto sépia de Timor, pois que hoje a realidade, melhor ou
pior, é sem dúvida diferente de à quinze anos atrás.
Nunca me dediquei a escrever qualquer
assunto referente à história de Timor (do que já fui criticado) nem sequer a
experiência do meu percurso de trinta e cinco anos dentro dessa mesma história,
onde por vezes fui testemunha ocular de factos importantes. A razão é que nunca
seria um contador credível, teria forçosamente de deturpar não própriamente a
verdade, mas o sentido dos acontecimentos, dentro da minha própria e influenciável
visão.
Fugi por isso para a ficção, mas
sempre no intuito de não deturpar as realidades da vida diária desse povo que é
na verdade o meu povo.
Tenho na forja um novo escrito.
Espero que apesar de poder vir a ser controverso essa ficção, me ajude a
compreender, as CERTEZAS E AS DÚVIDAS, do Timor que existia antes e durante a
chegada dos primeiros missionários Portugueses a Timor. Que Deus me ajude.
Peço desculpa por usar a
ortografia antiga, ou seja anterior ao acordo ortográfico.(5589)
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