domingo, 5 de julho de 2009

JOÃO MALI, O CAÇADOR

A história do caçador João Mali que o livro TIMOR NA SENDA DO MÍTICO descreve, é um ensaio feito pelo autor, no campo fascinante da vida Timorense, seus mitos e temores.
Nele se retrata, além da paisagem de algumas das mais típicas e potencialmente ricas regiões deste país, a simplicidade diária da vida do povo, que por vezes se torna numa complexidade bem camuflada.
A referência a uma dos mais prementes problemas actuais, a defesa do meio ambiente e do ecossistema, representado pelo Bé Na’in da lagoa de Modo Mahut, que na realidade existe, aliás como felizmente, muitos outros espalhados por esse Timor fora, demonstra bem que muito antes de ao nível Mundial e global esses palavrões tomassem forma, já a organização tradicional da sociedade Timorense dedicava a esses problemas a sua atenção.
A crendice de que se matarmos a tuna, enguia, que existe numa nascente de água faz secar essa nascente, ainda que pareça mentira, é uma verdade incontestada em Timor.
A Lenda de que o crocodilo é o avô do Timorense, é uma outra história que nos faz pensar.
Quando se realizam pescarias em zonas infestadas por estes sáurios e depois das rezas dos Bé-Nain, onde é lembrada a aliança feita em tempos imemoriais (lenda) entre o povo de Timor e os crocodilos, o povo entra nessas lagoas a pescar não sendo atacados, são bem o exemplo da simplicidade e complexidade do mítico Timorense.
Se já conhece Timor, ou se por acaso ainda não conhece, o livro “TIMOR NA SENDA DO MÍTICO”, será uma maneira de recordar aquilo que sabe, ou de se envolver na vida quotidiana desse povo, aprendendo a amá-lo e a respeitá-lo.

Mau Lear

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